Que amor é este, tão desigual
Que me tira do prumo e me deixa sem rumo
Me acende, me aquece, e logo me esquece?
Que gargalha em meu peito e me estanca a voz
Que às vezes sou só eu… em busca de nós.

Que amor é este que fica doente
me deixando carente, num canto qualquer?
Que desdenha a menina e assanha a mulher?
Que por mais que eu insista…
Não sabe o que quer!

Que amor é este que me escravizou
que num instante, apenas, arrebata-me o peito
de amor e paixão e depois me atira totalmente, no
chão.
Se não me pode dizer, a que veio e o que quer…
Se despeça de mim, desocupe de vez o meu coração.
Ou, então, me assume.
Me abraça, me beija…diz que me ama e não vive sem mim…
Que amor é este afinal???
Que me faz tanto bem e me faz tanto mal.

Choro seu silêncio
Onde foram as promessas de amor
Onde foram os sonhos que junto sonhamos
Sinto um frio abrasador percorrer meu corpo
Nestes dias de inverno tudo o que eu queria
Era ter você ao meu lado me aquecendo
Estar em seus braços ouvir as batidas de seu
coração
Calar-me diante as situações desta vida
Mas a vida insiste em não ficar calada
Grita a dor do vazio
É como um eco contido
Sufocado neste silêncio espremido
Dentro de um peito machucado
Que grita calado
Neste desatino sofrido e maltratado
Desta vida desmedida, sofrida
Ouço o soprar dos ventos lá fora
Os gemidos dos galhos pelas folhas que caem
O triste cantar dos pássaros
E neste descompasso adormeço
Aliviando assim todo meu cansaço.
Marcelo Aguiar

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