TRISTEZA

O que é tristeza?
- Seria a ausência de algo ou alguém
Ou o vazio sentido no coração...
Tristeza seria motivada pela frustração?
- Seria a vontade de realizar o impossível?
Seria ainda, não achar graça em nada
Como o desabrochar de uma rosa
Ou o sorriso de uma criança
Ao descobrir sua própria sombra?
Tristeza seria a falta do que se quer
Como o amor e as carícias de alguém
Que existe somente me nossas fantasias?
Tristeza é viver na solidão
Ou o medo de uma desilusão?
Tristeza seria ter fome e não ter pão
Ou seria viver sem sonhos e ilusão?
Tristeza seria não ter boas recordações
Ou não ter lembranças boas e nem más?
Tristeza seria por fim a descrença total
Ou falta de imaginação e de ideal?
Tristeza para mim é a ausência de coragem
É o medo de enfrentar a vida com altivez
É a falta de disposição para correr riscos
É viver em segurança, mas sem sorrisos
Sem esperança, paz, sem fé e sem amigos.
 Ana Aparecida Ottoni

CAMINHANDO

 
                        Ando no meu passo lento, ouço músicas, escrevo leio e medito.
 
Curto minha casa, admiro a natureza, o canto dos pássaros que parece gostarem de mim vivem adentrando a minha casa.
 
Às vezes sinto-me carente, sentindo a ausência de um amigo e confidente leal e sincero.
Sinto falta de um abraço caloroso, de um peito acolhedor.
Não estou totalmente só.
 
Tenho a mim mesmo e cá para nós e sem querer ser pretenciosa sou uma boa companhia.
 
Tenho meus livros, minhas músicas meus anjos e um sapo falante que chamo de Principe
diz que gosta de mim, que sou linda, que me ama, quer um abraço e também um beijo. Brinco dizendo-lhe que se beijá-lo o encantamento terá fim ele voltará a ser gente e príncipe e me esquecerá.
 
Não entendo a razão de quererem acabar comigo estou tão quieta e calada no meu cantinho.
Gostaria de poder sair agora e caminhar bastante, mas ainda  não é a hora.
 
Quero ir a busca de uma nova aurora, a aurora que D. Aurora me deu.
 
Contudo me conformo a esperar o tempo de Deus é ele que conta e não o meu. 
Só me resta tomar um chá bem quentinho
ouvindo a chuva batendo na vidraça e depois cair nos braços de Morfeu ao lado do Príncipe e quem sabe ter belos sonhos.
 
Ana Aparecida Ottoni