CAMINHANDO
Ando no meu passo
lento, ouço músicas, escrevo leio e medito.
Curto minha casa,
admiro a natureza, o canto dos pássaros que parece gostarem de mim vivem
adentrando a minha casa.
Às vezes sinto-me carente, sentindo a ausência de um
amigo e confidente leal e sincero.
Sinto falta de um
abraço caloroso, de um peito acolhedor.
Não estou totalmente só.
Tenho a mim mesmo e cá para nós e sem querer ser pretenciosa sou uma boa companhia.
Tenho meus livros, minhas músicas meus
anjos e um sapo falante que chamo de Principe
diz que gosta de mim, que sou
linda, que me ama, quer um abraço e também um beijo. Brinco dizendo-lhe que se
beijá-lo o encantamento terá fim ele voltará a ser gente e príncipe e me esquecerá.
Não entendo a razão
de quererem acabar comigo estou tão quieta e calada no meu cantinho.
Gostaria de poder
sair agora e caminhar bastante, mas ainda não é a hora.
Quero ir a
busca de uma nova aurora, a aurora que D. Aurora me deu.
Contudo me conformo a esperar o tempo de Deus é ele que conta e não o meu.
Só me resta
tomar um chá bem quentinho
ouvindo a chuva batendo na vidraça e depois cair nos braços de Morfeu ao lado do Príncipe e quem sabe ter belos sonhos.
Ana Aparecida
Ottoni
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