NESSE MUNDO SOMOS TODOS VIAJANTES
 
Certos acontecimentos nos levam, de repente, a refletir sobre determinados fatos.
 

Assuntos que cotidianamente não queremos nos deter, por falta de tempo, de vontade ou, por acharmos não valer a pena, que nunca irá acontecer conosco.

Vivemos como se nada pudesse mudar. Como se as situações fossem perenes e, tivéssemos o controle de tudo.

Somos todos tão tolos!

Não somos donos de nada, não temos o controle de nada, de ninguém e, sequer, de nossas vidas.

É preciso que às vezes sejamos surpreendidos com algum acontecimento inesperado para podermos meditar na nossa imensa fragilidade.

Esquecemos que entre a razão e a loucura existe apenas uma tênue linha e, de repente, poderemos perder a noção do certo e do errado, do real e do sonho.

Insensatos, nos aborrecemos por besteiras, perdemos a paciência por muito pouco, brigamos com as pessoas e nos preocupamos demasiadamente com o futuro, um amanhã que não sabemos se teremos, olvidando que é quase inexistente o limiar entre a vida e a morte. Que desse mundo, nada levaremos, nem mesmo o nosso corpo, muitas vezes excessivamente cultuado.

Essa insensatez causa tantos problemas, leva a tantos sofrimentos...

Muitas de nossas doenças são conseqüências desse nosso comportamento, egoísta e imaturo, mas, dificilmente queremos reconhecer que somos nós os responsáveis por tudo e, ainda, achamos no direito de reclamar, lamuriar e adotar uma postura de vítima da vida ou do destino.

Infantilmente vivemos repetindo o mesmo comportamento, correndo atrás das mesmas coisas, sem ao menos saber se com elas seremos ou não felizes.

Quando repentinamente nos vemos em uma situação de total impotência, sem controle algum, sobre qualquer coisa, pessoas e, inclusive sobre a nossa vida é que percebemos que, sistematicamente, deixamos de viver o lado bom e belo e de admirar a maravilha desse mundo.

Precisamos compreender que nesse mundo somos todos viajantes, que nada temos de verdadeiramente nosso, que a única bagagem que dele levaremos é a nossa alma.

Ana Aparecida Ottoni

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